segunda-feira, 21 de abril de 2014

Um ronronado pode transformar sua vida



Uma jornalista francesa lançou recentemente um livro intitulado em francês de “La Ronron Thérapie”, algo como “A Ronronoterapia”. Na obra, Véronique Aïache usa como base estudos feitos por veterinários e outros especialistas, para divulgar o poder de um bom ronronado.



Se você não faz ideia do que seja isso, uma pista: a palavra está no dicionário. No “Houaiss”, ronrom é definido como ruído contínuo que o gato faz com a garganta, especialmente quando descansa.

É o som que o bichano emite – parecido com um motor funcionando em baixa velocidade – quando ganha carinho ou às vezes quando encontra um outro colega de sua espécie. Algumas pessoas chegam a confundir isso com asma, mas não é. É pura felicidade felina.

Véronique diz em sua obra que um gato pode melhorar a vida das pessoas com esse hábito. Ela apresenta um estudo onde voluntários passaram por uma série de audições com gravações do mais puro “rom rom” de gatos. Ao fim do estudo, os participantes disseram sentir mais bem-estar, serenidade e mais facilidade para dormir tranquilamente.

Eu já sabia
A empresária Kátia Amaral, 45 anos, não precisou desses estudos, para chegar ao mesmo resultado. Ela é dona do Tico, um siamês de 8 anos que está na família desde seus primeiros dias de vida.

Tico tem mania de se deitar no peito de sua dona e quando isso acontece, ele ronrona. “O barulho da sono e faz com que eu me sinta melhor”, diz Kátia.

Fora isso, a empresária não tem dúvida de que ter o animal em casa também seja uma terapia. “Quando eu chego em casa, apressada e já cansada, ele me obriga a sentar alguns minutos e brincar. Nisso, eu relaxo na hora”, conta.



O feitiço pode virar contra o feiticeiro
O investimento pode ter o resultado inverso de uma terapia, caso o dono tenha alergia. Certifique-se de que você está livre disto, antes de adotar um gato

25 e 50
hertz é entre esses números que se está a frequência de um rom rom, segundo as pesquisas francesas

Teoria traz uma nova visão, para antigos elementos
A professora de terapia ocupacional da USC Cristina Quaggio lembra que gatos, cachorros e cavalos, como a equoterapia, já vêm sendo usado há tempos em terapias. No Brasil, os tratamentos desse tipo começaram a ser desenvolvidos no começo da década de 1950.

“Eles ajudam bastante no processo de relaxamento e também para estabilizar o batimento cardíaco dos pacientes”, conta. Fora isso, a interação e os cuidados que um animal exige auxiliam àqueles que têm dificuldades de socialização.

No caso da ronronoterapia, processo ainda pouco conhecido por aqui, o som também é um elemento importante. A professora conta que estímulos sonoros também são ferramentas bastante usadas e eficazes, principalmente no tratamento com crianças. “São capazes de promover uma condição de atenção e melhorar a cognição”, diz.


Fonte:http://blogs.jovempan.uol.com.br/